Cupins de metais
Comem papel, ferro e ametistas
Se alimentam da fome e da miséria
Necrofagia mesquinha
Se dizem Pop
Se fazem Pop
Mas Pop para eles é pura morte
E marcam as tumbas com sinais
dourados
Ventilam sonhos desejados
Neblinam os olhos encegueirados
Viciados por eles nas metas
imbatíveis dos planos furados
Coloniais macabros
Genocidas depravados
Pervertidos desgraçados
É...
Cupins de metais
Mentem e desmatam cada vez mais
Promovem pseudocrescimento econômico
Agrotoxicamente nos matam lentamente
Dizem ser a salvação da lavoura
Em um circo trágico, nada cômico
Vendem joio e dizem ser trigo
Nos cancerígenam com fertilizantes
Nos sangram com seus créditos
Nos estrangulam com seus cortes
Nos alienam com suas ideologias
Nos entorpecem com nosso próprio suor
Cupins de metais
Rolam nas moedas imorais
São vis por demais
E no fim, nos dizem que toda nossa
dor não é nada demais...
Marteluz de Jesus
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